segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Outono no Parque, no dia de mudança de hora


Cada vez com mais 'patine', o Parque da Cidade. Face à degradação e fealdade crescente da baixa *, à populaça invasiva em Serralves, à sujidade ruidosa das ribeiras, a Foz e o Parque são cada vez mais o que me resta do Porto. Fóra os lugares secretos, claro.

Mas serve o presente post para celebrar um pouco de Outono na paz desse bosque urbano.

Verão índio







Para quem possa achar útil aqui fica uma lista básica das árvores do Parque (muitas, como o Carvalho, com diversas variedades):

Acácia, Ácer, Alfarrobeira, Amieiro, Bétula, Carvalho, Castanheiro, Cedro, Choupo, Cipreste, Eucalipto, Faia, Figueira, Freixo, Japoneira, Medronheiro, Nogueira, Pinheiro bravo, Pinheiro manso, Plátano, Rododendro, Salgueiro, Sobreiro, Tilia, Tulipeiro.

Assim devia ser a nossa floresta. Um dia destes (S. Nunca) vou começar uma recolha de folhas e fotos para ter um guia meu de árvores.
Era, digamos, giro, não ?

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* Agora para ir à Lello comprar um livro é preciso tirar um talão (tiquê) na porta ao lado e ir para a fila. A fila são turistas para tirar fotos. A mesma coisa nos eléctricos: não se consegue um lugar sem ir para a longa fila, e depois lá dentro é sardinha em lata. As esplanadas, cada vez mais todas iguais, também são para eles. E as ruas são para o diacho dos autocarros turísticos, os monstros de dois andares que atravancam as ruas estreitas.

sábado, 28 de outubro de 2017

Ana Hatherly está na F. Gulbenkian


É o terceiro post aqui dedicado a Ana Hatherly, talvez a mulher das artes da minha cidade que mais admiro. Poeta e artista gráfica, nasceu no Porto em 1929.

Auto-retrato

Anjos suspensos

Paz

As lágrimas do poeta

Um poeta barroco disse:
As palavras são
As línguas dos olhos
Mas o que é um poema
Senão
Um telescópio do desejo
Fixado pela língua?
O voo sinuoso das aves
As altas ondas do mar
A calmaria do vento:
Tudo
Tudo cabe dentro das palavras
E o poeta que vê
Chora lágrimas de tinta.



[FCG, exposição "Ana Hatherly e o barroco", até Janeiro]

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Não há morte, segundo Camilo


Camilo Castelo Branco era uma estranha criatura, a um tempo genial e tacanho, cosmopolita e pacóvio, culto e inteligente mas pateta. É verdade, tem esta dualidade que torna a leitura estimulante e logo a seguir desoladora.

Reli na edição do Expresso o preâmbulo de "Coração, Cabeça e Estômago": é culto, inteligente, brilhante. O resto da obra é menos que medíocre. Deixo aqui a transcrição dos primeiros parágrafos desse preâmbulo, em que o narrador - talvez Camilo - se dirige a um amigo para lembrar um Silvestre da Silva que ambos conheceram. Trata-se talvez da mais bela página sobre a Morte que jamais li. Apetece mesmo estar morto. Ao contrário das lamentações e promessas de paraíso das crenças religiosas, a Morte seria uma gloriosa renascença da pessoa como Universo !

  – O meu amigo Faustino Xavier de Novais conheceu perfeitamente aquele nosso amigo Silvestre da Silva…
  – Ora, se conheci!… Como está ele?
  – Está bem: está enterrado há seis meses.
  – Morreu?!
  – Não morreu, meu caro Novais. Um filósofo não deve aceitar no seu vocabulário a palavra morte, senão convencionalmente. Não há morte. O que há é metamorfose, transformação, mudança de feito. Pergunta tu ao doutíssimo poeta José Feliciano de Castilho o destino que tem a matéria. Dir-te-á a teu respeito o que disse de Ovídio, sujeito que não era mais material que tu e que o nosso amigo Silvestre da Silva. “Ovídio cadáver”, pergunta o sábio, “onde é que pára?”  Tudo isso corre fados misteriosos, como Adão, como Noé, como Rómulo, como nossos pais, como nós, como nossos filhos, rolando pelos oceanos, flutuando nos ares, manando nas fontes, correndo nos rios, agregado nas pedras, sumido nas minas, misturado nos solos, viçando nas ervas, rindo nas flores, rescendendo nos frutos, cantando nos bosques, rugindo nas matas, rojando dos vulcões, etc. Isto, a meu ver, é exacto e, sobretudo, consolador. O nosso amigo Silvestre da Silva, a esta hora, anda repartido em partículas. Aqui faz parte da garganta dum rouxinol; além, é pétala duma tulipa; acolá, está consubstanciado num olho de alface; pode ser até que eu o esteja bebendo neste copo de água que tenho à minha beira e que tu o encontres nos sertões da América, alguma vez, transfigurado em cobra cascavel, disposto a comer-te, meu Faustino.
  O que te eu assevero é que ele deixou de ser Silvestre da Silva, há seis meses, posto que os parentes teimam em lhe ter uma lousa sobre o chão, onde o estiraram, com esta mentira: ‘Aqui jaz Silvestre da Silva.’
  Pois é verdade.



'Rojando nos vulcões' não está mal.





domingo, 22 de outubro de 2017

Subir à montanha com a Sinfonia Alpina de Strauss (*****)


Casa da Música, sexta 20 de Outubro
Michael Sanderling, direcção
Richard Strauss, Uma Sinfonia Alpina, op.64

Uma première, ouvir em concerto a majestosa Sinfonia Alpina de Richard Strauss, um projecto megalómano para 120 músicos no palco mais as trompas e trombones nos bastidores, mais as máquinas de trovões e de vento. Não admira que seja raramente executada, devido às dificuldaes de reunir e dirigir tão numerosa orquestra. A secção de percussão dó por si já é visualmente impressionante, mas todo o colorido orquestral deslumbra. A Sinfonia Alpina foi composta entre 1911 e 1915 como poema sinfónico; Strauss quis experimentar caminhos entre Mahler - falecido em 1911 - e Wagner, procurando fazer 'música contínua' que superasse os tradicionais 3 ou 4 andamentos e ilustrasse a filosofia de Nietsche de purificação pessoal pela força anímica e pela adoração da Natureza eterna.

É, digamos, um andamento único "narrado" em 22 episódios que seguem a ascensão ao cume da montanha e o regresso, com temas como "Durch Dickicht und Gestrüpp auf Irrwegen (Perdidos entre o Bosque e o Matagal). A música pretende ser descritiva da natureza e das sensações no alpinista. As influências de Mahler são evidentes na orquestração e na percussão.

Um tema inicial, desenvolvido depois no cume e retomado na coda final, cria uma estrutura que organiza a obra para além dos 22 episódios. Genial é o épico Ausklang (Final), com surpreendente contraponto em desarmonia, e terminando em sublime beleza no regresso da Noite, dolente como um adagio de Mahler. O menos conseguido são os momentos mais "niilistas" (Strauss admirava Nietsche) que pontuam por exemplo no Durch Dickicht... acima referido, onde a composição perde élan e, em boa verdade, perde coerência também.

A gravação que prefiro é de C. Thielemann com a Orq. Fil. Viena.

Devido à sua vasta escala dinâmica, a obra tornou-se uma referência para gravações de alta fidelidade; o primeiro teste de um disco compacto (CD) foi com uma gravação da Sinfonia Alpina.

Quanto à prestação da ONP Casa da Música e do Maestro Sanderling, escalaram com brio a montanha que tinham pela frente. Receava que a empresa pudesse ser demasiado exigente, mas não, a orquestra esteve muito bem controlada e suficientemente precisa para evitar desmoronamentos, foi ora grandiosa ou ora delicada conforme o momento exigia. De parabéns, grande concerto.

Um extracto por Simon Bychlov à frente da Fil. Berlim:



[devo dizer que evitei cuidadosamente a primeira parte do concerto, com a Metamorfose de Paul Hindemith, compositor que de todo dispenso]


quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Kristina Hammarström, uma mezzo para suceder à Joyce ?


Ainda não abundam gravações com a mezzo-soprano sueca Kristina Hammarström, mas do que tenho ouvido parece-me uma promessa para os próximos anos. Alguns exemplos:

1. Ao vivo com 'Se cresce un torrente', do Orlando Furioso de Vivaldi.



2. Vivaldi tem sido um dos compositores a que Hammerström mais se tem dedicado. Também dele, a ária 'Sol da te', com o Concerto de' Cavalieri, disco que já referi e tenho ouvido com frequência.


Sol da te, mio dolce amore,
questo core
avrà pace, avrà conforto.

Le tue vaghe luci belle
son le stelle
onde Amor mi guida in porto.


3. Magnífica Hammerström também numa das marítimas Sea Pictures de Elgar, a canção 'The swimmer' :

I would ride as never man has ridden
To gulfs foreshadowed through straits forbidden

...

Música ajuda sempre a refrescar do cansaço, que é muito, tudo cansa, não é ? mas a estupidez é o pior, cansa, desgasta, corrói.



segunda-feira, 16 de outubro de 2017

O Fogo e o Gelo, o desejo e o ódio


O Fogo e o Gelo, de Robert Frost

Some say the world will end in fire,
Some say in ice.
From what I've tasted of desire
I hold with those who favour fire.
But if it had to perish twice,
I think I know enough of hate
To say that for destruction ice
Is also great
And would suffice.

                                       Dizem que o mundo acaba em fogo
                                       Outros dizem em gelo.
                                       Por tudo o que sei do desejo
                                       Estou com quem escolhe o fogo.
                                       Mas se tivesse de morrer duas vezes
                                       Penso que conheço bastante do ódio
                                       Para dizer que na destruição
                                       O gelo tem grande efeito
                                       E seria suficiente.


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Mas concentremo-nos no fogo, para já. Ainda há tanto por fazer.



sexta-feira, 13 de outubro de 2017

O Homem Novo soft deste novo Orçamento.


Foi o mito de um Homem Novo que alimentou revoluções e ditaduras. Muitos filósofos - Heidegger, Gramsci, Adorno, Marcuse - sustentaram esse objectivo sem se darem conta ( ou deram ?) de que promovia regimes destrutivos do próprio Homem. Foi o desastre nazi e o desastre soviético, o da China maoísta e o da Cuba guevarista, e agora o desastre islâmico do Daesh/Isis. Também a Igreja católica prega o Homem Novo que advirá com a cristandade universal, tão carneiro no rebanho como qualquer dos anteriores. Desconfiemos, portanto.



A democracia moralista reinante na Europa e no Ocidente tem outra aproximação ao Homem Novo, mais soft, apoiada no "politicamente correcto" que nasceu do relativismo e do ecologismo. Diz-se igualitária, ecológica e social, mas não deixa de ser uma imposição estatal de um modelo de vida que culpabiliza como criminosos os que não cumprem, fazendo-os pagar caro nos impostos e na censura social.

O Homem Novo da moda actual, plasmado no nosso novo Orçamento de Estado, é ciclista ou usa transporte público não poluente, é vegetariano, magrinho e saudável, faz jogging, recicla cuidadosamente, compra no comércio justo, faz campismo de aventura; não fuma, não bebe, não consome açúcares nem comida processada; instalou energia solar para aquecer a casa e trata um cão exemplarmente como irmão animal, um igual. Não tem vícios, é completamente  insípido. E o regime gasta milhões em propaganda - revistas, TV, cartazes na rua - a apelar ao seguimernto do canon; para Homem Novo soft, um Big Brother soft.


Felizmente, a ficção dita "cientifica" e o cinema têm-se encarregado de divulgar outras imagens do Homem Novo que será o nosso futuro: mais ou menos o mesmo que agora ! Robotizado, informatizado, mas sempre fraco ou genial, criminoso ou herói, gordo ou magro - nunca carneiro.

O verdadeiro homem não está no futuro, não é um objectivo, um ideal a que se aspira; está aqui, no presente, existe mesmo: seja eu quem for, alegre ou enfermo, criança ou velho, confiante ou céptico, a dormir ou bem desperto, sou Eu. Eu sou o verdadeiro Homem.
                                                                                                                                              Max Stirner


quinta-feira, 12 de outubro de 2017

De barco num dia de chuva aportei à ilha de Ons


Nunca tinha ido à ilha de Ons, ao largo das rias de Pontevedra e Arousa. Feita a reserva no último barco da época, no último domingo de Setembro, chegamos à "taquilla" de embarque numa manhã chuvosa. Da "taquilla" até ao cais foram mais de 500 m à chuva. No dia anterior (e no dia seguinte) o sol brilhava...

O 'Delfin Primero' chegou pontualmente.


O janelão da popa é o melhor posto de observação abrigado.

Zarpámos mar bravo adentro...


E 40 minutos depois encostámos ao cais de O Curro.


O Curro é o núcleo principal da ilha, onde se concentram a maioria dos serviços: restaurantes, alojamento, administração, correio e igreja. Perto ficam algumas aldeias, que no total alojam os 70 a 80 residentes.

Desembarcámos debaixo de copiosa chuveirada, que vinha soprada de vento forte. Correr pelo molhe a procurar abrigo...


Estamos na ilha.


Depois de secar a roupa e confortar o apetite na povoação, subimos o carreiro que leva às aldeias e aos trilhos pedonais da Natureza. A seguir a várias curvas ascendentes, lá de cima vê-se O Curro e o paredão.


Pinheiros esguios, que mais parecem mansos demasiado crescidos.

O caminho da falésia deve ser espectacular em dia de tempestade no mar:


Punta do Castelo.


A ilha tem 6 km de extensão e só dois de largura máxima. Para além da fauna e flora protegidas, as rotas de exploração sinalizadas são fáceis e curtas, o que faz deste Parque Natural um bom passeio ecológico para gente idosa.

'Retama' (cytisis insularis)

Seguimos um dos percursos que entra na cobertura vegetal, ora bosque fechado cheio de musgos, ora vegetação rasa de arbustos, ervas e fetos. Os arbustos mais frequentes são a camarinha, o abrunheiro, o louro e a endémica retama ou giesta de Ons (cytisus insularis).

As Ilhas Ons são um dos mais importantes Parques Naturais de Espanha. Pena que fora de Galiza, e mais ainda fora de Espanha, ninguém saiba da sua existência. Não há estradas porque não há automóveis, só bicicletas, motorizadas e uns (poucos) tractores que ajudam nas quintas. Nas bermas, vales e planaltos da ilha há bosque, e na costa uma ou outra praia, muito bonita, em estado quase selvagem.


O carvalho-negral é a árvore mais abundante. Seguem-se pinheiros e outras variedades de carvalho. Salgueiros (incluindo salgueiro chorão e salgueiro negro), amieiros e freixas concentram-se junto a fontes e regatos. Alguns, poucos, sobreiros.

Musgos.


Salgueiros.

Por instantes parecia clarear.

Bem abrigado da chuva, este ilhéu.

Zona de lazer, na 'Punta da Figueira Brava'.


De súbito, do meio do arvoredo surge a praia:


Area de Cans, uma areia muito branca e fina como em toda a ilha. Deve ser óptima com sol.

Areal extenso e em crescente.


E estava na hora do barco de regresso.


Mais gente no regresso do fim de semana.


Visitado mais um cantinho deste mundo admirável, com vontade de regresso num dia luminoso, até porque a visita foi confinada ao centro da ilha. Mesmo assim, valeu como experiência.

Clicar para ampliar

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Coisas que salvam a alma, segundo Silvertree


Já sigo há algum tempo o Silvertree, um blog português dos que valem a pena. Partilha com este meu Livro o fraquinho (enorme) por Londres e a admiração por Italo Calvino.

Desta vez comoveu-me com a Amora Madura:






quinta-feira, 5 de outubro de 2017

A Capela de Rosslyn, um Livro em pedra no Midlothian


A primeira vez que li sobre Rosslyn foi, confesso, no Da Vinci Code de Dan Brown, onde ele descrevia a decoração exuberante e a estranheza do lugar. Não sabia eu que já há décadas a capela atraía e intrigava artistas, escritores e estudiosos com o simbolismo das esculturas em pedra. Entretanto tornou-se lugar de peregrinação de turistas de todos os cantos da Terra.


A capela de Rosslyn é um templo gótico do séc. XV a cerca de 10 km a Sul de Edimburgo, na vila de Roslin. Tem sido associada aos Templários e à Maçonaria, mas as conexões são vagas e improváveis (a Maçonaria só chegou à Escócia três séculos mais tarde).

Foi fundada por William Sinclair, da família escocesa St. Clair, das ilhas Orkneys; os Sinclair eram cavaleiros Cruzados da ordem dos Templários, descendentes de Vikings Normandos, provavelmente portadores de relíquias no regresso da Terra Santa. A pedra de fundação foi lançada em Setembro de 1446, tendo o templo sido dedicado a S. Mateus, pelo que o seu nome oficial é The Collegiate Church of St Matthew the Apostle.



A Rosslyn Chapel é relativamente pequena e ligeiramente assimétrica. Há a certeza de que Sinclair pretendia um templo mais vasto, de que a capela seria parte, mas o projecto foi interrompido (ver planta*).

Os motivos mais utilizados são flores (incluindo fleur-de-lys), estrelas, folhagem variada e exótica, conchas, cenas do Antigo Testamento, dragões, cavaleiros, até mesmo a Árvore da Vida da mitologia nórdica. Não faltam motivos monstruosos, grotescos, como o "homem verde". Há quem compare esta exuberância a um livro em pedra, uma Biblia universal esculpida que Sinclair quis deixar numa época (medieval) em que os livros não estavam ao alcance do homem comum.

As "Sete Virtudes" ilustradas numa arquitrave ( com um erro do pedreiro, pelo que dizem, colocou Avareza no lugar de Caridade...)

É particularmente notável o tecto em pedra esculpida da Lady's Chapel, com arcos de nervuras em estrela de cinco pontas que convergem numa pedra octogonal suspensa esculpida como se fosse uma lanterna.


Um enigma são os cubos que decoram muitos dos arcos que sustentam o tecto. São também esculpidos com linhas geométricas.


Serão notas de uma pauta musical ? Já houve quem tentasse reescever essa música; embora com técnicas demasiado elaboradas, não deixa de ser uma audição surpreendente **.

Reprodução de um dos cubos de Rosslyn. "O Jogo dos Cubos de Pedra" ? Hesse gostaria da ideia.

O interior é uma festa visual, a decoração excessiva chega a desorientar o nosso olhar. O tecto da nave, em abóbada de berço com aresta, é constituído por quatro painéis em pedra de diferentes flores e um de estrelas.


Talvez o mais deslumbrante seja o Apprentice Pillar, uma coluna decorada associada a uma lenda que a atribui à arte de um aprendiz, morto pelo mestre despeitado. Mas a elaborada e requintada decoração não pode ter sido obra de nenhum aprendiz, é certamente obra de Mestre.


O 'Pilar do Aprendiz', entrançado com vinha esculpida em espiral, que sobe a partir da boca de um dragão na base.

A Árvore da Vida ou da Sabedoria, Yggdrasil, nasce da Terra e os seus ramos sustentam os Céus ( ou o Cosmos), mas as suas raízes estão a ser mordidas por dragões. Vale a pena saber mais, há muita informação na net.

Na arquitrave do pilar, uma sentença atinada :
"Forte est vinum, fortior est rex, fortiores sunt mulieres: super omnia vincit veritas"


Três bons links:
http://www.rosslynchapel.org.uk/
http:/www.bbc.co.uk/religion/religions/christianity/places/rosslynchapel_1.shtml
https://britishheritage.com/scotlands-mysterious-rosslyn-chapel/

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*Planta

** A música dos cubos cimáticos de Rosslyn, por Stuart Mitchell: